Também conhecida como Síndrome de Joanina Dognini, a fibromialgia é uma síndrome de caráter reumático e crônico, é caracterizado pelas dores ao longo de todo o corpo da pessoa, mesmo sem ele ter tido uma lesão física nos músculos ou articulações.
A síndrome é conhecida há mais de 100 anos, porém com nomenclaturas diferentes. Apenas na década de 90 que surgiram os chamados “critérios de diagnóstico” para a fibromialgia; que era nomeada como “fibrose”, na época, porém seu nome foi alterado já que “ite” indica inflamação e a síndrome não tem/causa inflamação.
Estima-se que cerca de 2% a 3% dos brasileiros sofram da condição no país e, desses casos, 80% a 90% são mulheres com idade entre 30 e 50 anos.
A dor que uma pessoa com fibromialgia sente é real, não psicológica e comprovada cientificamente, essas pessoas podem sentir dores de quatro a cinco vezes mais intensas do que aquelas que não têm a síndrome. A diferença, também, que na fibromialgia não há lesão, câncer ou qualquer inflamação para “comprovar” a dor.
A fibromialgia pode aparecer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica, que progride para a envolver todo o corpo.
Ainda assim, não existe uma causa única e específica para essa síndrome, anteriormente foram apontas algumas “pistas” que foram descobertas, com os estudos no passar do tempo, para ajudar a entender como possível início para as dores (fortes).
Como já mencionado, a síndrome é caracterizada como uma dor generalizada – ocorre em ambos os lados do corpo, assim como acima e abaixo da cintura – e pode durar cerca de 3 meses; estudos apontam que as dores são sentidas em 18 locais do corpo, que são sensíveis ao toque e a pressão.
Além desses sinais através da sensação de dor generalizada, há outros sinais que podem ser notados com o passar do tempo:
- Fadiga: normalmente acontece quando a pessoa já acorda cansada, mesmo depois de uma longa noite de sono – a isso dá-se o nome de “sono não reparador”. Muitos pacientes sofrem com outros distúrbios do sono também, como a síndrome das pernas inquietas e a apneia do sono.
- Dificuldades cognitivas: a memória pode ser bastante prejudicada em um paciente que possua a Fibromialgia. Sintomas como perda de memória, falta de concentração, raciocínio prejudicado e problemas com a fala são bastante comuns entre os pacientes.
- Demais sintomas: além desses citados, outros sintomas podem atingir o paciente diagnosticado, como fortes dores de cabeça, períodos menstruais dolorosos, ansiedade e depressão; parestesias/discinesia (como formigamento ou dormência nos dedos).
Abaixo está uma imagem representando os pontos mais sensíveis no corpo de uma pessoa com fibromialgia:
(Créditos: fibromialgia.com.br)
A procura por ajuda médica sempre é recomendada, no caso da Fibromialgia, em casos em que os sintomas característicos da síndrome se estendam por mais de 3 meses. O especialista treinado para realizar o diagnóstico, bem como prescrever o devido tratamento à pessoa, é o Reumatologista, médico que trata das doenças do tecido conjuntivo, articulações e doenças autoimunes.
Atualmente, não é existente nenhum tipo de exame próprio para o diagnóstico da Fibromialgia, portanto ele é feito apenas com base na análise clínica, composto pelo histórico clínico e a observação médica pondo em evidência pelo menos 12 dos 18 pontos mais sensíveis do corpo do paciente. Em contrapartida, mesmo com a análise dos sintomas da condição, o médico poderá solicitar alguns exames para descartar a hipótese de que a pessoa possua outras doenças que venham a apresentar sintomas bem semelhantes aos da Fibromialgia.
Uma vez que a fibromialgia não possui cura, seu tratamento, apesar de não ser exato, é todo baseado na melhora e controle dos sintomas, especialmente, das dores (alívio delas).
O tratamento pode ser feito por meio de medicamentos, fisioterapia e terapia ocupacional, juntamente de psicoterapia e terapias alternativas, se for recomendado pela médico que acompanha o paciente e, também, da vontade do paciente. Importante ressaltar que todo tratamento deve ser prescrito e acompanhado por um profissional.